O presidente eleito da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, pediu ao Tribunal Penal Internacional (TPI) para analisar a possibilidade de julgar seu antecessor no poder, Laurent Gabgbo. Por cerca de quatro meses, Gabgbo resistiu a abrir mão do cargo, alegando não reconhecer a vitória de Ouattara. Desde então, o país vive sob clima de guerra, com a estimativa de que mais de 800 pessoas morreram nos conflitos.
Anteontem (13), Ouattara conversou, por telefone, com o fiscal-geral do TPI, Luis Moreno-Ocampo, apresentando o pedido para a abertura de investigações sobre massacres ocorridos na Costa do Marfim de 2002 a 2011.
No pedido, o presidente eleito reuniu informações sobre a Costa do Marfim desde 2002. Nos dados, há indicações de que Gbagbo deve responder sobre mortes ocorridas durante uma rebelião em 2002.
O fiscal-geral da TPI encaminhará o pedido para a análise dos juízes que compõem o tribunal. O período de apreciação deve ser de quatro meses.
Gbagbo é mantido preso por decisão de Ouattara, que não revela o local onde ele está. Gbagbo foi retirado de casa por policiais e integrantes das Forças Armadas, levado para um hotel onde funciona o gabinete de Ouattara e de lá encaminhado para um local não divulgado.
De acordo com os advogados de Gbagbo, ele e a família estão sofrendo maus-tratos. Segundo eles, Gbagbo está no Norte do país. Os advogados apelaram para que ele tenha a integridade física preservada.
As informações são da Rádio França Internacional (RFI).
Nenhum comentário:
Postar um comentário