Pela primeira vez desde 1959, Cuba decidiu adotar medidas mais amplas que levam à abertura do mercado econômico interno. As decisões foram tomadas durante o 6º Congresso do Partido Comunista de Cuba (PCC), em Havana. A partir de agora, os cubanos poderão comprar e vender imóveis, atitudes proibidas desde a Revolução Cubana, em 1959.
Nos últimos 50 anos, o governo só permitiu que os país transmitissem as propriedades aos filhos ou trocassem esses bens por meio de um sistema complexo e que envolvia pagamentos extras.
As decisões fazem parte de um conjunto de medidas que começou a ser anunciado em outubro do ano passado, a partir do estímulo à adesão ao programa de demissão de cargos públicos e à participação de projetos de iniciativa privada. Porém, o presidente de Cuba, Raul Castro, alertou que a concentração de terras não será autorizada.
As medidas contam com o apoio do ex-presidente e líder da Revolução de 1959, Fidel Castro. Em um artigo publicado hoje, Fidel disse que os jovens devem corrigir os erros do passado e assegurar a sobrevivência do comunismo.
O relatório com as principais medidas aprovadas durante o congresso foi divulgado hoje na imprensa cubana. No documento, as autoridades de Cuba admitem que o sistema em vigor no país tem uma série de erros, como a falta de previsão e a burocracia – dificuldades que devem ser eliminadas.
No relatório, a proposta é rever e “atualizar o modelo de desenvolvimento” adotado em Cuba, mas preservando o sistema comunista denominado “forças patrióticas e revolucionárias”. Segundo o texto, as mudanças exigem “ordem, disciplina e um exigente e rigoroso exercício de controle”.
As informações são da estatal cubana Rádio Havana e da BBC Brasil.
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